Renan e os congressistas do PMDB, do PSDB e do PP trocaram com o STF, a impunidade deles pela extinção da Pec do Abuso de Autoridade...
O esmagamento do valor dos salários nesses 20 anos quebrará mais de 50% das empresas pequenas e médias ainda resistindo.
por Langstein de Almeida Amorim
Marcos Pires:
O senador Roberto Requião denunciou de público que o STF, sob o comando do senhor Gilmar Mendes, trocou a impunidade de Renan Calheiros e de todos os congressistas do PMDB, do PSDB, do PP e dos pequenos partidos que apoiam Temer, pela extinção da PEC do ABUSO DE AUTORIDADE.
O senador Requião foi o relator dessa PEC e estava revoltadíssimo por ter sido feito de trouxa por Renan e os outros membros da Mesa do Senado.
Sujeitos à punição do STF, só ficaram mesmo os congressistas do PSOL, do PCdoB e do PT.
Marcos Pires, será que Papai Noel, na Noite de Natal, não poderia roubar esse presentaço trocado entre o STF e o Congresso Nacional?!
Agora o Moro não mais poderá enganar os brasileiros perseguindo o pessoal do PT e fazendo de conta que iria também atacar os corruptos dos partidões que estão desmontando o patrimônio implantado por Getúlio Vargas e os direitos sociais criados por Lula da Silva.
A elite financeira vitoria por todos os quadrantes, com seu governo Temer e seus congressistas totalmente impunibilizados. Só nós classe-média e os baixa-rendas é que estamos perdendo todas, depois de reverenciar com nosso voto municipal, o governo Temer e os partidões PMDB, PSDB, PP e os pequenos partidos elitistas que são ventríloquos dos grandes.
Quando é que nós vamos aprender a dar um voto revolucionário em favor de um Novo Brasil. O voto revolucionário acontece quando nós elegemos o presidente da República e 2/3 do Congresso Nacional em favor da proposta de um Brasil social-nacionalista. Com essa maioria o governo nacionalista tem força para aprovar uma nova Constituição que reinvista todos os tributos do trabalho na revolução do social e na valorização dos meios-de-produção nacionais.
Nós demos um voto revolucionário em favor do Estado elitista atual, elegendo 2/3 dos congressistas que elegeram Temer e só aprovaram até o momento, leis em favor de branqueiros e suas filiais estrangeiras.
Nossa burrice eleitoral tem arrasado com nosso Brasil! Nós nos defendemos argumentando que não existe escola para nos ensinar a votar. O jeito mesmo é aprender a votar com a Globo, que ganha bilhões da banqueirada, vendendo nossa cegueira política.
A gente nunca teve coragem de dar um voto revolucionário em favor do Brasil social-nacionalista. A gente elegeu Lula, mas em contrapartida, elegemos um Congresso com mais de 2/3 de parlamentares elitistas. Lula deu nó em pingo dágua para aprovar leis criadoras de direitos sociais. Ainda no princípio do governo Lula, esse Congresso extremamente corrupto e descaradamente venal, revogou o imposto dos ricos, consubstanciado na lei do cheque, desfalcando os benefícios sociais em cerca de 50 bilhões de reais por ano.
Até hoje a lei tributária dos ricos continua na lata de lixo do Congresso dos Renan, dos Ronaldo Caiado, dos Jucá, dos Bolsonaro e de mais de 2/3 de carcaças morais, de parlamentares como esses ratos que infestam os assentos dessa Casa que deveria ser defensora do bem-estar coletivo.
A lei 9.249, sancionada por FHC e reformada em janeiro de 2016, isenta de imposto de renda os lucros das filiais estrangeiras e os dividendos de seus acionistas, residentes ou domiciliados no país ou no exterior. Anote-se que as filiais estrangeiras também estão isentas de pagar a CSLL (contribuição sobre lucro líquido), que seria uma formidável fonte de renda da Seguridade Social. Só essa vertente contributiva deixa de pagar por ano, o suficiente em bilhões de reais, que daria para tapar o rombo que o governo faz na Previdência, para suplementar os juros mais altos do mundo, pagos pelos títulos da dívida pública, 95% em mãos de banqueiros estrangeiros.
Marcos Pires: Como seria bom que Papai Noel pusesse em seu saco vermelho, essa lei casuística, anti-nacional e de lesa-pátria, e saísse correndo para colocá-la à disposição dos legisladores, como papel higiênico, nos sanitários do Congresso Nacional.
Faz 52 anos, a partir da ditadura de 1964, que nós classe-média e povão estregamos a economia brasileira ao comando total da elite financeira com suas filiais estrangeiras, exploradoras do filé de vendas do mercado brasileiro, com a prerrogativa de não pagarem imposto algum. Se o imposto é a parte social do preço das mercadorias e essas privilegiadas não o pagam, sua atuação no país é anti-social, nada deixando para ser investido em infraestrutura e benefícios sociais. Eis uma das causas gritantes da crise financeira do Estado elitista de hoje...
Enquanto esses favorecidos, acionistas e filiais estrangeiras, nada pagam de imposto, o governo Temer e os 2/3 de nossos congressistas aprovam a PEC DO TETO DOS GASTOS PÚBLICOS por 20 anos, sob o argumento de que as receitas públicas estão caindo sistematicamente.
Essas estrangeiras são dominadoras de mais 60% do mercado brasileiro. Se pagassem imposto como pagam em seus países, o aumento da receita daria para atender os gastos com os juros da dívida e com investimentos sociais e materiais. É inconstitucional umas entidades pagarem imposto e outras não. As que pagam imposto sofrem um concorrência esmagadora das que nada pagam de tributo. É por isso que o parque industrial brasileiro tornara-se incapaz de exportar produtos de valor agregado.
O Brasil, sob o poder das estrangeiras que começaram a dominar a economia desde a ditadura de 1964, foi reduzido a um país exportador de produtos primários: soja, café, algodão, cacau, açúcar, milho, feijão, arroz e outras commodities de pouco valor. A culpa, por nosso Brasil está reduzido a uma República das Bananas, é toda nossa, classe-média individualista e despolitizada, e do povão que vai na conversa injuriosa da Globo e suas afiliadas.
Nossa esperança é saber que a China, antes da Revolução de Mao Tsé-Tung em 1949, teria sido como nosso Brasil de hoje, um território imenso saqueado por estrangeiros.
Essa PEC significa que daqui a 20 anos, os gastos com educação, saúde, segurança e salários terão o mesmo valor monetário de hoje. Com exceção de juízes, promotores, legisladores, governantes e ministros, quem ganha atualmente 4 mil, ou o salário-mínimo de 950 reais, daqui a 20 anos continuará recebendo o mesmo valor de compra da atualidade. Essa é uma forma de generalizar a miséria, pela negação de se ajustar o valor dos salários pelo valor das mercadorias de consumo básico.
Por essa lei, feita a capricho pelo Fundo Monetário Internacional, os gastos de 2017 serão ajustados pela inflação do ano de 2016. Nessa passagem, já existe uma defasagem de um ano no reajuste dos salários. Quanto maior for a redução na massa salarial de consumo, maior será a recessão da economia. O processo de produção capitalista realiza valores-de-uso para consumo e nunca, para ficar em exposição nas vitrines. A livre iniciativa não investe para ativar o consumo. Investe para atender a procura preexistente, expressa na alta dos preços das mercadorias em falta.
Roosevelt aumentava os impostos dos ricos para ativar os investimentos privados, investindo em salários, para fazer estradas, construir escolas, etc.
Para agravar a situação dos trabalhadores, o quanto da inflação é calculado pelo IBGE, um órgão do governo sem qualquer independência para oferecer uma porcentagem de inflação merecedora de fé pública. Se esse governo elitista não quisesse afanar o valor dos salários, pela redução artificial da inflação do ano anterior, teria confiado o apurado da inflação ao DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos).
Só Papai Noel salva o achatamento salarial dos trabalhadores, lançando areia nos olhos dos que vão aplicar o famigerado TETO DOS GASTOS PÚBLICOS!